A renovação da música gospel

10:12

Em busca de renovação o gospel se abre ao Rap, Reggae, Eletrônica e Funk. 

A música gospel surgiu no início do século XIX no Sul dos Estados Unidos. Enquanto os negros trabalhavam na colheita, sofriam na pele os maus tratos da sociedade Americana que era muito racista. Os negros não tinham como dialogar com sua liderança então colocavam todo sentimento e sofrimento nas músicas.

Foto: Amanda Stefane / Jovens em igrejas têm se juntando para criarem
grupos e diversificar os tipos de música nos cultos
Logo nasceu o “Blues” que tinha como principal característica a melodia triste, que pouco tempo depois foi invadindo os templos, trazendo aos participantes a certeza de que as suplicas, sermões e orações eram ouvidos por Deus.
No Brasil o movimento chegou quando os europeus começaram a evangelização no país. Ensinava em todas as reuniões os hinos tradicionais e os pequenos refrões. Aos poucos foi se organizando e sentindo a vontade de terem os hinos na língua portuguesa então criaram o “Canto Cristão e a Harpa Cristã”, que acabou virando habito nas igrejas.

Com o passar do tempo a música foi evoluindo e dando uma nova identidade para as igrejas, logo começaram a surgir bandas e cantores gospel que inundavam o mercado fonográfico com suas músicas que retratavam o que está escrito na bíblia. 

Questionado sobre a renovação da música gospel, Tiago Tolentino músico da banda “Diferente” da igreja PIB (Primeira Igreja Batista) explica que "o ritmo que você vai adorar a Deus é o menos importante, o que importa é o conteúdo das músicas. Só que o grande problema que eu vejo hoje é nas gravadoras que procuram pelo ritmo por ser mais batida e menos batida e esquecem que o principal é a letra. Mas hoje o que vejo de ruim é como a música é escolhida, para ser a principal faixa do CD que é pela batida. “

Foto: Amanda Stefane / Novos grupos inovam com os estilos musicais presentes nas igrejas, surpreendendo os fiéis.
Augusto Hammarstron também integrante do grupo, fala sobre a aceitação da renovação da música gospel pelos membros mais antigos da igreja. “ Aqui na igreja temos um feedback muito positivo, eu sou um filtro, eles chegam em mim comentando quanto foi bacana o louvor. ” 

Hoje os artistas mais novos aprenderam que é necessário buscar outras formas de se comunicar com o público, além daquele discurso tradicional, trazendo os ritmos como: rap, reggae, eletrônica e funk que escutamos diariamente, para o mundo gospel buscando sempre a renovação.

You Might Also Like

0 comentários

Publicações

Formulário de contato